quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Aquele abraço

Queridas amigas e queridos amigos,
Na próxima sexta-feira inicio um necessitado período de férias. Espero reencontrá-los no final de setembro.
Grande abraço!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Coleção de Respeito


Uma vez ou outra na vida, a gente vê uma coisa boa acontecendo na indústria cultural brasileira.


A Abril Coleções, por exemplo, começou na semana passada a editar uma série de álbuns antológicos de um dos maiores compositores da nossa música, Chico Buarque.


Ao todo serão 20 discos, que cobrem desde os primeiros registros, ainda na década de 1960, até trabalhos mais recentes – antes de Chico enfiar na cabeça que agora é romancista.


O primeiro do lote é simplesmente uma maravilha. Alinhavando sucessos marcantes da carreira de Chico, como Cálice, Trocando em Miúdos, Até o Fim e Pedaço de Mim, é um disco que traz o adjetivo clássico impresso em cada uma de suas faixas.


Sempre que escuto um disco brasileiro como este, fico a pensar na riqueza que já foi nossa música.


Não é saudosismo nem nostalgia. É simplesmente uma constatação. Nem Chico fará algo assim novamente (e nem precisa, na verdade).


Esperar de outros, então, é como esperar pela segunda vinda do Messias...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Discos e Arte


Um dos melhores discos lançados em 2009 tem também uma das mais belas capas dos últimos tempos: Journal For Plague Lovers, do grupo galês Manic Street Preachers.


Verdadeira instituição roqueira lá pelas ilhas britânicas, o Manic é pouco conhecido no resto do mundo. Aqui no Brasil, a cada disco lançado, dois ficam a ver navios. O grupo é uma espécie de The Clash do século XXI, sempre carregando seus álbuns com fortes mensagens políticas e uma paixão cada vez mais rara no mundo cínico da música pop.

Suas capas também impressionam. Em This Is My Truth Tell Me Yours a banda é fotografada em uma praia deserta, uma bela composição que lembra outra capa clássica, a de Heaven Up Here, do Echo And The Bunnymen. No outro extremo há capas ilustradas por pinturas fortes e quase incômodas.


A artista britânica Jenny Saville, uma herdeira direta do realismo cru do pintor Lucien Freud, emprestou uma obra forte e sem retoques para a capa do álbum The Holy Bible, considerado por alguns o grande momento do Manic ainda com o guitarrista Richey Edwards, que pouco tempo depois desapareceu misteriosamente e nunca viria a ser encontrado.

Em Journal For Plague Lovers, uma outra pintura de Saville, Stare, aparece na capa do álbum. A imagem, ao mesmo tempo simples e extremamente complexa, foi eleita em vários sites como a capa do ano. Curiosamente, o disco recupera as últimas letras escritas por Edwards antes de sumir do mapa. Talvez por conta disso os membros restantes do grupo resolveram recorrer novamente ao trabalho inquietante desta grande artista inglesa. Para um álbum de impacto, uma capa igualmente forte.