terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Aos Montes

Todo audiófilo que se preze tem que ter todos os discos oficiais dos Beatles. Por quê? Oras bolas, porque goste-se ou não, toda a musica ocidental, feita dos anos 60 para cá, tem alguma influência dos quatro garotos de Liverpool. E isso não é nenhum exagero.

Pegue-se, por exemplo, a musica brasileira. Da Jovem Guarda ao Tropicalismo, passando pelos Mutantes e pelo Clube da Esquina, chegando ao rock da década 80, todo mundo bebeu, bebe e continuará a beber da fonte de Lennon-McCartney. Que o diga Skank.

Eu sou beatlemaniaco praticamente desde que me entendo por gente.

Os primeiros contatos com a banda foram por meio de duas coletâneas maravilhosas, uma cobrindo a fase inicial - mais pop e bailavel -, e a outra cobrindo os anos experimentais do final da carreira. As capas representam o grupo em momentos distintos, mas fotografados no mesmo local. Se não me engano, no prédio da gravadora EMI, em Londres.

Quando a gente conhece a discografia completa, a evolução se descortina diante de nossos ouvidos, de uma maneira não menos impressionante.

Perceber como os caras passaram de uma banda cover para um grupo que determinava e se adiantava a TODAS as tendencias musicais, é, não apenas um grande aprendizado, mas também um imenso prazer.

Meu disco mais querido do grupo é Rubber Soul. Não existe nenhuma razão especial para isso. Acho que todo apaixonado tem seu disco preferido dos Beatles.

Para mim, Rubber Soul preserva um pouco da inocência dos primeiros anos, ao mesmo tempo que revela uma maturidade poética - existe letra mais linda que a de In My Life? - e musical, que prenuncia os saltos criativos que viriam a seguir.

Revolver, Sgt. Peppers e Abbey Road são todos obras-primas indiscutíveis.

Mas, Rubber Soul é Beatles em estado bruto. Lírico, simples e absurdamente viciante.

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