segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A Animação e a Diversidade Sexual

Por Lázaro Luis Lucas


Enquanto a telenovela brasileira e todos os demais programas produzidos neste país ainda insistem em tratar da diversidade sexual da maneira mais lamentável possível - seria melhor que ignorasse solenemente a questão -, a produção em animação, seja para a TV ou cinema, realizada em todo mundo livre, vem surpreendendo cada vez mais.

Produções como Barry e a Banda das Minhocas (Dinamarca, 2008), concebidas para entreter o público infanto-juvenil, adolescente e adulto, vêm fazendo um excelente trabalho de inclusão de personagens homossexuais nas tramas. Até mesmo os vilões homossexuais estão repletos de carisma.Se houver alguma dúvida, é só acompanhar algum episódio das primeiras temporadas de As Meninas Super-Poderosas.

Outras séries produzidas para a TV que também apresentam tramas sobre a diversidade sexual ou personagens fixos de orientação homossexual são Du, Dudu e Edu, Coragem - O Cão Covarde e Os Padrinhos Mágicos. Ficando apenas naqueles que mais me impressionaram.

No caso de Coragem - O Cão Covarde, por exemplo, um episódio inteiro tratava do amor entre duas felinas, impossibilitado por um gângster que mantinha uma delas cativa, usando uma máscara sem qualquer personalidade. Com a ajuda do assustado cãozinho, ambas conseguem fugir do vilão e ao término acompanhamos a partida delas em um trem rumo à felicidade pretendida. Por fim, a câmera ainda foca a máscara destruída no chão. Uma ousadia para os nossos padrões e um belo exemplo de respeito às diferenças.

Por fim, não se pode deixar de falar nos longas-metragens e na série de TV Lilo e Stitch. Na minha opinião, a franquia mais gay friendly de que se tem notícias. Simplesmente, deliciosa.

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