quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A Banda Que Ficou Invisível

Na postagem abaixo falei de bandas que ficaram a ver navios e que hoje são praticamente desconhecidas. Uma dessas foi, sem dúvida, a escocesa Travis.

No final de 1999 o grupo lançou um disco, The Man Who, que varreu o Reino Unido de maneira surpreendente, tornando-os, no ano seguinte, a banda mais querida dos súditos de Elisabeth II.O disco envelheceu bem. Há uma melancolia e uma doce tristeza que percorre cada uma das belas faixas e, em alguns momentos, o vocalista e principal compositor Fran Healy atinge um ápice de calmo desespero que é, no mínimo, encantador. É assim na linda As You Are, na suave The Fear e na bem-humorada Why Does It Always Rain On Me?

Lembro perfeitamente da primeira vez que ouvi o disco, num aparelho de diskman, em São Francisco , na Califórnia. É engraçado como o cd acabou virando uma espécie de trilha sonora de uma viagem absolutamente inesquecível. De certa maneira, The Man Who combinava perfeitamente com os frios nevoeiros que, subitamente, transformavam a paisagem daquela fantástica cidade americana em um cenário de irrealidade e mistério.

O disco de 2001 – The Invisible Band - cravou uma série de hits nas paradas da Inglaterra e parecia que, realmente, o Travis tinha vindo para ficar. Mas os trabalhos seguintes mostraram uma banda desanimada, sem inspiração e repetitiva. O último – Ode To J. Smith – sequer foi lançado no Brasil.

Bandas como Keane e até mesmo Coldplay são espécies de filhos bastardos da melancolia do Travis. Se eles tiveram mais sorte que seus pais, não é apenas uma questão de destino.

Saber se renovar é essencial para se manter no mercado. Algo que, aparentemente, o Travis não soube fazer.

2 comentários:

Serginho Tavares disse...

uma pena porque a banda era muito boa...

Norberto Marques disse...

Luis, bom fim de semana :)

Abraço

Norberto