Após um período de excepcional qualidade e grandes bandas (The Smiths, New Order, Echo, The Cure, The Cult), os primeiros anos 90 foram como uma ressaca: o dolorido despertar após uma noite de farra, álcool e música alta.
A reação viria, aos poucos, com bandas que tiraram a poeira da melhor produção roqueira das ilhas, atualizando-a com alta tecnologia, ambiguidade sexual e uma arrogância a princípio necessária, mas que, em longo prazo, se revelaria a própria arma que assassinaria o movimento.
A seguir os melhores – e piores – discos da efervescente estética que ficaria conhecida como Britpop:
Essenciais:
1– Park Life. Blur
Formado por ex-estudantes de artes, o Blur foi o mais criativo e diversificado dos britpoppers. Park Life é sua obra-prima, um disco que atira para todos os lados e acerta quase sempre.
2– Definitely Maybe. Oasis
Considerados simples plagiadores por muitos, os rapazes do Oasis pareciam não ligar muito para críticas. Certíssimos: Definitely Maybe foi uma das estréias mais bem-sucedidas na história da indústria fonográfica inglesa.
3– Dog Man Star. Suede
Enquanto o Oasis regurgitava o som dos Beatles, o Suede chupava descaradamente a estética glam de David Bowie e Marc Bolan. Tanto o primeiro disco quanto este são exemplos da ótima parceria musical entre o vocalista Bret Anderson e o guitarrista Bernard Butler. Depois da saída de Butler, o Suede jamais seria o mesmo.
4– Urban Himns. The Verve
Um dos melhores discos dos anos 90, este segundo trabalho do The Verve se tornou um clássico graças a canções complexas, belas e inesquecíveis como Bittersweet Simphony, The Drugs Don’t Work e Lucky Man.
5– A Different Class. Pulp
O título entrega: o Pulp era realmente um grupo a parte no cenário roqueiro inglês. Inteligentes, cultos e cheios de boas idéias musicais, eles coroaram sua carreira com A Different Class, um trabalho que satiriza o modo de vida da classe média britânica. Genial!
Vale conhecer:
1– The Good Will Out. Embrace
Este bom disco tem rocks que lembram Oasis e baladas que remetem ao The Verve. Ou seja, originalidade não é o forte por aqui, mas nos momentos em que descobre sua identidade, o Embrace consegue emocionar.
2– Elastica. Elastica
Rocks espertos e rápidos fazem do som do Elastica uma aparente banalidade. Por trás do óbvio, no entanto, pipocam a genialidade e o apuro de composições como Connection, Car Song e 2:1.
3– I Should Coco. Supergrass
O imenso sucesso da canção Alright estigmatizou o Supergrass como banda de um hit só. Injustiça: seus discos são divertidos passatempos que reciclam Beatles, Kinks e Stones com personalidade e bom-humor.
Dispensáveis:
1- Standing On The Shoulder Of Giants. Oasis
Quando uma banda não tem mais nada a dizer, normalmente grava discos pretensiosos, longos e chatos. Como este quinto trabalho de uma carreira cheia de altos e baixos.2– Nu-clear Sounds. Ash
Quando este disco foi lançado,o Britpop já estava morto e enterrado, mas ainda assim o Ash tentou reviver o formato. Infelizmente nada funciona. Felizmente a banda sumiu.
5 comentários:
o que seria do mundo sem british pop?
nem quero saber
rs
Gosto de música e vivo com música...escuto muita coisa boa...e às vezes agumas coisas que meu ouvido e cérebro rejeita...meu cérebro rejeita ainda...Oasis...´
até forço às vezes...mas não vai...
Adorei seu blog...
Beijo
Leca
Leca, acho que Oasis é uma banda que desperta tanto um grande amor quanto um imenso ódio. A postura dos rapazes é realmente muito antipática, mas consigo enxergar no meio disso o talento do guitarrista e compositor Noel Gallagher, um bom artífice pop.
Um grande abraço e valeu pela visita!
Quando em vez, venho conferir as novidades, e sempre gosto. Assisti o Prime Suspect e gostei bem. Me pareceu o original do The Closer, que também gosto. No mais, beijos e queijos.
Lucky Man é minha música-tema desde a primeira vez q ouvi.
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