quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Capas Clássicas

Quando o vocalista original do AC/DC, Bon Scott, morreu em 1980, ninguém poderia imaginar que a banda australiana teria uma segunda vida.

Com o inglês Brian Johnson no microfone, o AC/DC não só teve uma segunda chance como expandiu seu público absurdamente e se tornou um fenômeno mundial.

Back In Black é um clássico absoluto do rock inconsequente e, muitas vezes, estúpido praticado pelo grupo. Obcecados por temas caros ao imaginário rock’n roll – bebedeiras e sexo, basicamente – os irmãos Young e seu novo cantor perpetraram verdadeiros ícones do peso como Rock and Roll Ain’t Noise Pollution, Hells Bells e, logicamente, a excepcional faixa-título.

Como todo disco marcante, Back In Black traz uma capa que, sem sombra de dúvida, fez escola. Sem maiores elaborações, o grupo foi direto ao ponto e concebeu uma arte simples e minimalista, como, aliás, seu próprio som.

Apenas os nomes da banda e do disco aparecem desenhados sobre um fundo totalmente negro. Se o objetivo era passar uma mensagem de total volta ao básico, o grupo não poderia ter sido mais bem sucedido.

Jovens do mundo inteiro aderiram sem pestanejar ao visual calça jeans e camiseta preta do grupo – com exceção, obviamente, do visual colegial endiabrado do guitarrista Angus Young, marca registrada do AC/DC – e foram bater cabeça nos espetáculos ensurdecedores promovidos pela banda.

Álbuns “negros” não eram novidade no design de capas de discos (o Velvet Underground, sempre pioneiro, já havia lançado seu dificílimo White Light White Heat, em 1968, embalado por uma capa completamente preta), mas nenhum teve a popularidade – mais de 20 milhões de unidades vendidas somente nos Estados Unidos – e o alcance desta pedrada de 1980.

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