segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Rádio Pirata

Toquem o meu coração
Façam a revolução
Está no ar, nas ondas do rádio
No submundo repousa o repúdio
Que deve despertar
Rádio Pirata, RPM


No Reino Unido da década de 1960, em plena efervescência da beatlemania, as rádios oficiais britânicas tocavam uma porcentagem mínima do rock e do pop produzido nas Ilhas e na matriz americana.

Em socorro de uma nação sedenta por renovação musical, navios navegando as águas do Mar do Norte transmitiam uma programação musical totalmente voltada para o novo estilo da juventude da época.

Essas rádios, que ficaram conhecidas como rádios-piratas, divulgaram novos artistas tanto das Ilhas Britânicas quanto os vindos dos Estados Unidos, mas foram perseguidas e combatidas pelo sisudo Parlamento Inglês, assim como os antigos piratas dos mares o foram pela Marinha de Sua Majestade.

É esse o pano de fundo - real - do enredo do filme Piratas do Rock (The Boat That Rocked, Inglaterra, 2009). A trama romantiza o estilo de vida alternativo e contracultural dos dj’s, vistos aqui como verdadeiros heróis dispostos a tudo para levar seus ídolos ao carente público inglês. É claro que há muita liberdade poética e nem sempre a trilha sonora corresponde ao período em que se passa a história (1966).

Aliás, a trilha é um capítulo a parte: de The Kinks a Rolling Stones, passando por Beach Boys e The Hollies, o filme faz um passeio por uma época dourada da música jovem, na qual atitude e rebeldia caminhavam lado a lado com talento e criatividade.

Um filme para se ver com o volume da televisão ligado no máximo.

3 comentários:

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Do tempo que o diabo adolescia... :D

Luis Valcácio disse...

Para mim, a infância do coisa ruim. A adolescência - com todos os seus conflitos - viria na década seguinte.

Frederico Lustosa disse...

Muito bom!